quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para Gostar de Pensar: Discursos interessantes! (2)

"Pensamos demais e sentimos bem pouco."

Conforme prometido dou continuidade à minissérie de posts com discursos do cinema para se pensar.
O Discurso de hoje é do filme O Grande Ditador de 1940. Como o discurso já é mais para o final do filme é importante contextualizá-lo. O filme se passa na Alemanha entre guerras (I e II guerra mundial) e fala sobre o novo governo implantado por Hitler (todos os nomes do filme são inventados, não usam em nenhum momento o nome verdadeiro como Hitler e Alemanha, por exemplo). Chaplin interpreta tanto o ditador nazista como um barbeiro judeu. Quando o anti-semitismo começa a se fortalecer na Alemanha o barbeiro vai preso. A cena do discurso ocorre logo após a sua fuga da prisão, quando ele é confundido com Hitler e este deve fazer o pronunciamento de conquista/dominação de alguma nação vizinha (não me recordo qual). Enfim, um judeu deve fazer o pronunciamento no lugar do ditador. E é isso aqui que ele diz:

Se levarmos em conta que o filme é de 1940 dá para imaginar o impacto que ele deve ter tido naquela época.
Destaco duas partes do discurso que embasarão a minha discussão: "Por que devemos odiar os outros?" e "A Cobiça envenenou a alma dos Homens, levantou no mundo as muralhas do ódio".
O segundo trecho responde a pergunta do primeiro. A cobiça do ser humano transformou o mundo, justificou várias guerras e nos tornou inimigos. Eu sempre me pergunto o porque de tanta individualidade e de tanta valorização dos interesses próprios. As pessoas fazem coisas improváveis para terem mais do que as outras. Para ter o pseudopoder que o dinheiro dá, por menor que seja, o ser humano é capaz de renegar seus valores mais sólidos. Quem nunca ouviu a frase "todo mundo tem seu preço".
Nesse ínterim a teoria que o ser humano deu errado ganha força.
Esses dias eu vi uma conversa em um filme que me fez pensar bastante, um senhor dizia a um rapaz que o ser humano desde a época da Grécia Antigo (500 a.C.) até os dias atuais não evoluiu em nada, o que eu concordo plenamente, e o senhor arremata perguntando quais seriam as barreiras que impediram essa evolução, ou melhor, quais sentimentos humanos que criaram essas barreiras, o medo ou a preguiça?

Sem mais, até amanhã com o último discurso. Aguardo comentários.

Um comentário:

  1. Acho que mais do que gostar de pensar, isso é para gostar de sentir.

    É engraçado né, mas... Não interessa quantas vezes nós assistimos isso, ainda dá arrepios.

    Abração,

    Alex

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