terça-feira, 19 de outubro de 2010

CINEMA: A vida em 1 minuto!

Quanto vale um minuto?
Mais ou menos sessenta segundos, eu diria.

Esse post é dedicado ao Festival do Minuto, evento que surgiu no Brasil em 1991 e é considerado atualmente o maior festival de vídeos da América Latina. Importante dizer que os vídeos enviados devem ter no máximo 1 min. de duração. Para maiores informações sobre o evento: http://www.minutefestival.com/festivaldominuto/index.php
Eu acho a idéia de vídeos de 1 min. genial. É uma ótima oportunidade para os aspirantes a diretor ou roteirista de cinema mostrarem seu trabalho sem muito gasto.
Com boas doses de criatividade podemos transmitir muita coisa interessante nesse curto espaço de tempo. Só acho que os vídeos deveriam ter mais lógica, subjetividade demais nem sempre ajuda.
Nessa linha de pensamento coloco abaixo um dos vídeos premiados no festival. Seu título é “New Begining”. No site ele aperece com nota máxima da curadoria e uma boa avaliação do público.

Aí eu te pergunto, você gostou do vídeo? Daria a nota máxima para ele? Você o entendeu por completo?
Minhas respostas: Não, não e não.
Ou eu sou muito burro (possibilidade considerável) ou eu sou muito leigo para entender esse “novo início” proposto pelo autor do vídeo.
Dessa vez eu não vou somente criticar, vou tentar fazer melhor. Como não tenho habilidade com animações, tampouco com câmeras, vou descrever agora como seria o meu vídeo para o festival do minuto. Se alguém gostar e quiser dar uma força nas gravações a conta bancária é...

Pescador de Ilusões

Imagino que ele fique melhor como animação.
Primeira cena: O dia amanhecendo (música de dia amanhecendo), a câmera mostra o céu azul, limpinho, sem registro de nuvens.
Segunda cena: A câmera vai descendo do céu até focalizar um mendigo deitado em uma calçada, sobre alguns papelões, coberto com roupas velhas. Ele veste roupas bem rasgadas, tem uma enorme barba e um chapéu parecido com o seu Madruga, ou seja, um mendigo bem estereotipado. Ao seu lado tem uma caixa cheia de tralhas. O mendigo acaba de acordar, sua face mostra certo cansaço e indignação por mais um dia. O mendigo senta-se sobre o papelão e mantém a cara amarrada.
Terceira Cena: o mendigo ainda sentado ouve o barulho de trovões, a câmera volta a mostrar o céu (antes limpo) se fechando, as nuvens negras carregadas de raios, tomam conta do céu rapidamente. A câmera volta ao rosto do mendigo que olha para cima e abre um largo sorriso.
Quarta Cena: O mendigo corre para as suas tralhas, em meio a sua busca ele retira uma vara de pescar da caixa.
Cena Final: Já sob uma fina garoa o mendigo se aproxima do meio fio segurando a vara de pescar em uma mão e um banquinho na outra. Ele senta no banquinho e começa a pescar na pequena enxurrada que já se forma. Em seu rosto é possível identificar um sorriso esperançoso.
A imagem da câmera vai se afastando, mas especificamente subindo entre os pingos de chuva, cada vez mais fortes, e termina mostrando uma imagem aérea do mendigo. Tela escurece e sobem os créditos.

Se alguém tiver alguma idéia para o festival do minuto e quiser que eu publique é só descrevê-la e mandar por e-mail ou deixar em comentários.

5 comentários:

  1. Não gostei do vídeo... Achei um tanto quanto pretensioso. Me passou a idéia de uma discussão, de brigas, e a troca dos rostos e meio rosto cada pessoa mostra que no fim das contas as pessoas que brigam, acho que nas disputas em geral, na verdade não tem diferença uma da outra... O ovo ao inverso me parece o novo começo, a tentativa de começo inversa ao convencional... Mesmo que não seja o que eu achei, continuo não gostando do vídeo. Achei teu roteiro, melhor, mais simples (mas não mais simplista) que o vídeo.

    Abração poeta,

    Alex.

    ResponderExcluir
  2. Grande Alex,
    Vou ser sincero contigo, eu só consegui entender a parte do ovo e da explosão. Ou seja, depois que tudo acabar ainda haverá um ovo para o novo recomeço. O resto eu achei uma porcaria.
    Obrigado pelo elogio. hehehehe
    Alex, se vc quiser, pensa em um vídeo e manda como ele seria que eu publico. Vc tem 1 minuto, valendo...

    Abs,

    Emerson

    ResponderExcluir
  3. Não entendo de filmagens, mas vou dividir as cenas por 'lances de câmera'. Pode parecer longo, mas consigo ver essa cena realizando-se em menos de um minuto até.

    Primeira cena: Pessoas atravessando a rua (câmera filmando de um ângulo que pegue os dois lados da rua - o lado da saída e o destino.

    Segunda cena: Sinal para pedestres está verde,passa alguns segundos com o desenho do pedestre e passa para vermelho.

    Terceira cena: Um homem fica parada esperando o sinal abrir (é filmada a pessoa de frente, sem a visão da rua a sua frente, apenas o cenário atrás da mesma). Chega uma mulher (câmera não muda de posição) e para próximo a primeira pessoa. Chega um homem e fica um pouco atrás dos dois primeiros.

    Quarta Cena: Chega uma mãe de mãos dadas com o filho (câmera filmando os dois) e param próximo a primeira mulher.

    Quinta Cena: Volta-se a câmera filmando do mesmo ângulo da terceira.

    Sexta cena: (Câmera filmando apenas mãe e criança). Criança fala para a mãe: Mãe, por que estamos parados? Mãe responde: Por que os carros estão passando, é a vez deles passarem. Filho responde: Mas não há nenhum carro aqui.

    Sétima cena: (Câmera igual a da terceira cena). Todos olham pra criança e olham uns para os outros.

    Oitava Cena: (Câmera igual a primeira cena)rua vazia, sem carros e sem as pessoas, apenas a criança.

    Acho que é isso poeta, só para não passar em branco.

    Abração, Alex.

    ResponderExcluir
  4. Um minuto as vezes parace tão pouco e nos outro uma eternidade...Eu ficaria durante um tempo gravando um cidadão na janela apensas vendo tempo passar, um espécia de metafóra sobra as pessoas que apenas vem a vida passar...

    ResponderExcluir
  5. Esse vídeo enviado pro Festival lembra um pouco a sua ideia.
    http://www.minutefestival.com/festivaldominuto/index.php?page=videos&section=view&vid_id=13786

    ResponderExcluir