terça-feira, 13 de novembro de 2018

METATOP 7 – Textos que gostaria de escrever


"Esse é tempo de partido, tempo de homens partidos." (Carlos Drummond de Andrade, poema: "Nosso tempo")


Humor

Adoraria escrever um texto que fosse ao mesmo tempo crítico e engraçado. Que conseguisse atrair o leitor de forma hipnotizante, e trouxesse risadas comedidas, mas constantes. Pegar situações banais e cotidianas, descrevendo-as de modo que pareçam as mais desafiadoras aventuras, levando o leitor a elucubrar durante horas a respeito do que acaba de ler.
Em suma, queria escrever um texto igual aos de Luís Fernando Veríssimo. 


Música
            
A lista que gostaria de fazer na categoria música seria considerada o top musical definitivo. Em apenas 10 posições eu representaria o que de melhor já foi produzido na indústria fonográfica mundial. A lista abrangeria todos os gêneros musicais, e seria aprovada por todas as tribos com as personalidades mais divergentes possíveis. Sem preconceitos, estereótipos e generalizações. O título do texto provavelmente seria TransTop 10 Músicas.


Cinema
            
Eu já tentei por diversas vezes escrever o texto que gostaria de cinema no Blog. Achei que optar pelo viés leigo seria suficiente para abafar toda a minha ignorância (o que ignora) a respeito de cinema.
Ainda vou tentar mais um pouco, e quem sabe uma hora dessas, eu consiga escrever um top 10 de cinema que se molde aos leitores, mas que ainda seja uma lista autoral. Algo do tipo: 10 melhores filmes que fizeram sentido para mim e farão de forma seletiva para cada um de vocês.


Artes

Escrever sobre artes parece uma contradição na essência. Porque tentar transcrever em palavras algo que deveria ser exclusivo para sentimentos.
Esse texto aqui não teria uma palavra sequer, seria um enorme recorte de todos os quadros que gostei, sabendo ou não explicar os motivos.
  

Literatura

“Dos livros que não li” esse seria provavelmente o título do texto. Se fosse um top seria o: Top 1000 - Livros que eu não li. 
Seria um texto premonitório, indicando livros fenomenais mesmo sem nunca tê-los folheado. Elencaria até livros que ainda não foram escritos ou que nunca serão. Livros que ficaram no prelo da alma dos grandes escritores.


Memórias
            
Esse aqui talvez eu ainda escreva um dia.
A minha autobiografia definitiva, forjada só em reminiscências. Correndo o risco até de utilizar lembranças inventadas, fotografias mentais de situações que não posso garantir que foram reais ou somente sonhos. “Memórias de um ser humano de mentira”.


Top
            
Escrever um top 7 de textos que gostaria de escrever.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Música: Top 12 – Músicas impossíveis de ouvir sentado (uma por gênero)

“Olho por olho e o mundo acabará cego” (Gandhi)

É com essa belíssima frase do nosso querido Mahatma (que não conseguia ouvir sentado nenhuma das canções a seguir), dou início a mais um top musical do Blog.
Diante da convulsão política e social que se apresenta, resolvi me posicionar, e farei isso indicando as 12 canções que não deixam ninguém ficar sentado, nem os que sentam apoiando-se predominantemente na nádega esquerda e nem os que jogam o peso do seu corpo para o lado direito de sua popança (também achei que o certo era poupança, Google salva “nóis”).
Fazer um top de músicas dançantes seria fácil, era só pegar uma playlist do David Guetta (ou do musical JM) e deixar o acaso escolher as posições. Mas de fácil já basta a vida, para essa lista eu me desafiei. Ao invés de percorrer o caminho óbvio, eu optei por encarar os tortuosos labirintos da mente, e restringir às escolhas à apenas uma por gênero.
Obviamente não foi possível contemplar todos os gêneros musicais, além de ser uma tarefa hercúlea ela também daria margem a várias polêmicas quanto a definição de gênero musical, como o mundo não precisa de mais polêmicas, o top vai assim mesmo.
O critério de ordenamento é simples: xdx =x2/2 +k
Para acessar o vídeo no youtube, basta clicar sobre o título da canção.
Sem mais delongas, vamos ao top.

12 – L'inverno – Vivaldi (1723)

É fato que até dá para ouvir Vivaldi sentado, mas você leitor concorda que é difícil achar uma música clássica dançante. Se quiser tentar buscar “música clássica remix” no youtube, faça, só não diga que eu não avisei.


Passamos agora para o gênero musical Bandinha. Imagino que esse tipo de canção seja mais relevante para quem nasce no interior do Rio Grande do Sul, principalmente para os jovens homens que depositavam todas as suas esperanças de envolvimento amoroso fugaz no intrincado bailado propiciado pelo gênero. Do tempo em que se era feliz e não sabia.

E o representante do Funk na lista não poderia ser outro. Essa agradável homenagem ao filme homônimo é dançante pra caramba. Na época da “furacão 2000” ainda era possível ouvir funk sem engravidar, apesar de acontecer as vezes.

Obviamente o forró terá seu espaço na lista. Outro gênero muito apreciado pela juventude, pelos mesmos motivos da Bandinha. Um grande amigo man me disse um dia, ao ver-me dançando com uma mulher de aproximadamente 60 anos - “deixa eu te apresentar a Teresa”.

Reggaeton está na moda ultimamente, por esse motivo resolvi homenagear esse ótimo gênero latino com um lugarzinho especial nessa lista. É possível dizer que o reggaeton é a lambada nutella. E com essa auspiciosa definição, passo para a próxima canção.

Axe, como não gostar. Tô falando da marca de desodorante. Piadas banais à parte, esse é outro gênero profícuo em matéria de músicas dançantes, ainda mais se lembrarmos da máxima “tira o pé do chão”. E teve gente que balançou os bracinhos em forma de onda até em “queijinhos” de ambientes de má fama, onde a iluminação avermelhada dá o tom da noite.

6 – Phantom Of The Opera – IronMaiden (1980)
Hoje é dia de Rock bebê. O riff de guitarra do início dessa canção é fenomenal. Existem muitas canções que poderiam representar esse gênero, porém essa foi uma decisão pessoal, despótica e arbitrária da minha parte, tô aprendendo já.


5 When Love Takes Over - David Guetta & Kelly Rowland (2009)

E a escolhida para representar o gênero “Dance” nesse top foi essa belíssima canção do David Guetta. Eu fiquei muito em dúvida entre ela e a música Don't You Worry Child, do grupo sueco Swedish House Mafia ft. John Martin, que é outra ótima pedida por sinal.Se você é do tipo que ouve esse tipo de música e logo pensa: “eu não faço nada, mas tenho cada plano bom”, bem vindo ao clube.

4 – O Telefone – Jorge Ben Jor (1970)
Para o gênero Samba Rock, impossível não eleger o nosso queridíssimo Jorge Ben Jor, no primeiro turno inclusive.A discografia inteira dele caberia nessa singela lista, ficam como sugestão: “Engenho de Dentro”, “W/Brasil” e “Menina Mulher da Pele Preta”.

O Motown também está representado aqui, muito bem por sinal. Te desafio a nesse momento, colocar essa música na vitrola e permanecer durante toda a sua execução sem mover os pés, ou bater uma palma da mão na outra. Perdeu né.

“Eu vi o cego dando nó cego na cobra”. Tom Zé, você é genial. Eu tive o prazer de ver a performance emblemática desse cara, e não tinha ninguém sentado na plateia, um mito (Palavra que tem vários significados, como: pode ser uma narrativa [uma história] sobre personagens quase sempre imaginários).

E representando o gênero Rumba Flamenca (olha eu wikipediano) e também a medalha de ouro desse top, temos Gipsy Kings.
Aqui o nível sobe ao máximo, escutar isso e ficar impassível é impossível (Pasquale, morra de inveja). Só existem duas explicações para quem não se contagia vexatoriamente com Djobi Djoba, ou a pessoa tá com dor de dente (ninguém se anima com dor de dente) ou a pessoa já veio a óbito e ainda não descobriu.

Faça sua lista nos comentários, com certeza faltam milhares de músicas nesse top.

terça-feira, 5 de junho de 2018

CINEMA: TOP 10 FILMES NÃO AMERICANOS (ESTRANGEIROS)

           Não, o blog não está voltando.
Sei que decepciono minha legião de fãs com essa informação, mas a verdade que doí ainda é melhor que a mentira que conforta.
O post de hoje na verdade é o último espasmo, o último suspiro, o momento que antecede o juízo final, é o dedo mínimo agarrado na beira do abismo sustentando o corpo todo antes da queda fatal. Mas também pode ser o recomeço, o renascimento, a ressurreição, o ressurgimento, um novo reverdecer o rebrotamento de conteúdo de qualidade sem envergadura científica, a leiguice no seu momento de revigoramento, o despertar de um novo leigo, o leigo máximo, maior, celeste, índigo, rélpis, batráquio, cabriocário, mediováigel e estrogonoficamente sensível. Só o tempo dirá. Por hora o que se tem é um top 10 de filmes não americanos.
Os critérios para esse top são: 1. Filmes produzidos fora dos Estados Unidos. 2. O blog é meu e faço o que quero, ninguém lê mesmo. Como já é praxe, antes vamos às menções honrosas: A Festa de Babette (Dinamarca, 1987), Entre os Muros da Escola (França, 2008), A Onda (Alemanha, 2008), O Sol Enganador (França, Rússia, 1994) e Invasões Barbaras (França, Canadá, 2003).

Sem mais delongas, vamos ao top:


10 - A Partida (Japão, 2008)
O nosso décimo melhor filme estrangeiro conta a história de um japa (alerta de xenofobia) que vai trabalhar como assistente de funerária e tem que aprender a arte do embalsamamento. Na verdade o filme é muito mais que isso, é um belo filme para quem curte dramas familiares, certamente vale a pena conferir.

9 - Casa Vazia (Coréia do Sul, Japão, 2004)
Não, esse não é um top de filmes orientais. O nono colocado é um filme muito sensível e simbólico. Mostra a violência urbana japonesa, acentuando um problema social grave do país, as invasões de casas com vistas à limpeza e conserto dos móveis dos donos. Esse aqui é o famoso “assista, sinta, contemple e não enche o saco”.

8 - Labirinto do Fauno (EspanhaMéxico, 2006)
O oitavo colocado é só mais um dos ótimos filmes desse top. Vi em uns sites ele classificado como Terror, apesar de umas cenas um pouco mais palpitantes, tendo a não concordar com essa classificação. Terror ou não, é uma película obrigatória para todos que gostam de filmes de fantasia.

7 - Oldboy / Lady Vingança (Coréia do Sul, 2005)
Pela primeira vez nessa lista apresento dois filmes na mesma posição, o que não é permitido pela Norma Internacional de Confecção e Apresentação de Listas de Cinema. Mesmo que essa norma existisse, eu ainda assim faria igual, imagina ela não existindo.
Já falei sobre ambos os filmes no blog, só clicar aqui:            http://deleigoparaleigo.blogspot.com.br/2010/12/cinema-top-10-sess%C3%A3o-pancada.html

6 - Amores Brutos (México, 2000)
O sexto colocado pode ser considerado um soco no estômago. Que filme amigos, as três histórias que se cruzam nessa película são ótimas, difícil escolher a melhor, eu seria um cachorro se o fizesse.

5 - Tudo Sobre Minha Mãe (Espanha, 1998)
Seria uma injustiça se não tivéssemos um filme do direitor Pedro Almodóvar nesse top. O interessante desse filme é que todos os personagens são femininos, independente do gênero original de cada um deles.

4 - Adeus, Lênin (Alemanha, 2004)
Com o passar das colocações, os filmes passam a ser cada vez mais obrigatórios para os amantes de cinema. E não é diferente na nossa quarta colocação, Adeus, Lênin é obrigatório, capital, compulsório, forçoso, fundamental, imperioso, imprescindível, impreterível, indispensável, inevitável, necessário, obrigativo, preciso, substancial, vital e outros sinônimos encontrados no google. O que você tá fazendo lendo isso aqui ainda, vá imediatamente assistir esse filme.
  
3 - O Fabuloso Destino de Amelin Poulain (França, 2002)
Mantendo a coerência, minha marca registrada, não poderia deixar de mencionar esse grande filme francês nessa lista. Como essa obra já foi citada em nono lugar no post “top 20 melhores filmes da minha vida”, sugiro que se leia mais sobre ele nesse link aqui: http://deleigoparaleigo.blogspot.com/2010/10/cinema-top-20-melhores-filmes-da-minha.html
  
2 - O Filho da Noiva / O Segredo dos Seus Olhos / Nove Rainhas / Abutres (Argentina, 2002, 2010, 2001 e 2010)
Não deveria poder colocar 4 filmes em uma mesma posição em um top de cinema. Não mesmo.
O que essas 4 obras cinematográficas têm em comum? Além de serem argentinas, também são protagonizadas pela ator Ricardo Darín, meu ator favorito. Para ser mais exato, esses são os quatro filmes que eu mais gosto protagonizados por Darín, vale a pena assistir.

1 - Cinema Paradiso (Itália, 1988)
Coerência: a palavra que define o autor desse singelo blog. Se o filme Cinema Paradiso foi considerado o melhor filme da minha vida (http://deleigoparaleigo.blogspot.com/2010/10/cinema-top-20-melhores-filmes-da-minha.html) como ele não estaria no topo desse top?
Daí eu te digo, ou melhor, Jiddu Krishnamurti te diz: “Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente". Para reflexão.