segunda-feira, 30 de maio de 2011

Radioleiga (Semana 4)

Olha mais uma playlist da Radioleiga ai gente.
Nesta semana apresento a seleção mais pé no saco de todas. Ela é baseada no post Top 10 Músicas do Pop Rock Nacional que Encheram o Saco, publicado em 29/09/2010.
Boa sorte para todos, especialmente para os que conseguirem ouvir toda a playlist.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

REMINISCÊNCIAS DA MINHA INFÂNCIA: TOP 17 BRINQUEDOS

Como dizia Galileu da Galileia, Bilu Bilu Tetéia” (Sergio Mallandro)

Com esta oportuna frase do inigualável Sergio Mallandro dou início à minissérie: Reminiscências da Minha Infância.
A minissérie está dividida em três capítulos que serão apresentados ao longo das próximas semanas. O primeiro episódio traz o top 17 brinquedos que simbolizam a minha infância. É importante salientar que minha infância (pré-adolescência) se passa majoritariamente nos anos 1990, em um pacato e remoto vilarejo situado no noroeste do estado de SP, chamado Penápolis. Ressalto esta informação por entender que muitos brinquedos que fizeram sentido para mim podem não ter feito para alguns leitores do blog, por se tratarem, muito provavelmente, de uma característica regional.
A idéia dessa minissérie surgiu em uma conversa sobre programas antigos com o colaborador Alex, só para dar crédito. A ordenação foi feita a partir da representatividade que cada brinquedo teve em minha infância.
Sem mais delongas, vamos os Top 17 Brinquedos:

17 - Tamagotchi

E quem não se lembra desta maldita febre que assolou a nossa infância: o famigerado Tamagotchi. Eu nunca tive, mas me dava um prazer enorme pegar o bicho virtual da minha irmã escondido e empanturrá-lo de sorvete até que explodisse. Naquela época poucas coisas davam mais prazer do que matar um Tamagotchi, hoje em dia eu descobri mais algumas.

16 - Comandos em Ação

Este aqui era outra febre da infância, me lembro até que existiam irmandades (clubinhos) que juntavam suas coleções dos Comandos em Ação. E eram caros estes bonecos.

15 - Bat-Beg

Eu era fascinado por este singelo brinquedo, não só pelo desafio de conseguir fazer com que as duas bolas se tocassem harmonicamente, mas pela aporrinhação que o seu barulho constante causava nos outros. Para brincar com o Bat-beg o moleque tinha que ser um tanto quanto masoquista, porque era inevitável levar, de vez em quando, uma bolada violenta nas articulações dos dedos ou onde doesse mais.

14 - Burrinho de Madeira

O nome oficial desse brinquedo não é bem esse aí, até porque existiam outros bichos além do Burro, na verdade eu não tenho a mínima idéia do seu nome oficial. Enfim, a questão é que o animal fica em cima de um bloco de madeira e tinha um engenhoso sistema que fazia com que ele flexionasse todas as suas articulações, e é isso.

13 - Tazzo

Também teve a época dos Tazzos, que nada mais eram que discos com desenhos. Se eu não me engano eles vinham nos salgadinhos da elma chips. Depois de um tempo apareceu o porta Tazzo, o vira Tazzo e o lança Tazzo. Era Tazzo para todos os gostos.

12 - Power Rangers Vira a Cabeça

Pegando carona na febre dos Power Rangers, foram inventados muitos brinquedos homenageando os heróis, mas um em específico ficou guardado em minha memória: o boneco que virava a cabeça. Me lembro como o mecanismo era moderno, era só abaixar uma pequena alavanca para morfar o Ranger, e a mesma alavanca o desmorfava (certamente essa palavra não existe).

11 - Aquaplay

Existiam inúmeros brinquedos com a mesma idéia do Aquaplay, alguns com argolas, outros com bolas de basquete e esse da imagem acima com o mote futebol. A verdade é que todas eram bem legais, um grande desafio para a destreza humana.

10 - Geloucos

Não vou mentir, eu colecionava Geloucos. Funcionava assim, você juntava duas mil tampas de garrafa de Coca-Cola mais R$2,50 e trocava por dois Geloucos. O pior era quando vinham repetidos, e era pior ainda quando o Gelouco era o repetido de todo mundo. Era bravo, tinham alguns Geloucos que todos tinham de balde, em contrapartida existiam os raros também. Eu nunca completei a coleção, até porque meu irmãozinho engolia alguns de vez enquando.

9 - Pogobol

Uma das coisas mais difíceis da face da terra era se equilibrar sobre um Pogobol. Eu nunca consegui, por isso preferia ficar chutando-o.

8 - Bilboquê

Simples, porém divertido. Esta é uma ótima definição para o Bilboquê. Era difícil acertar no começo, depois ia ficando mais fácil e até dava para começar fazer graça. Teve uma época que meu pai inventou de tentar revender Bilboquês, eram dezenas deles espalhados pela casa. Na cabeça do meu pai isso iria nos tirar da lama, não tirou, no máximo fez com que eu ficasse craque no brinquedo.

7 - Fazendinha

Acho que todo mundo já ganhou uma fazendinha de presente, com certeza era o brinquedo mais barato que existia. Me lembro que dava para comprar uns conjuntos (como o da imagem) com muitos bois e cavalos por menos de dois reais, ou 1,99 como queiram.

6 - Vai e Vem

Ele ia e vinha, ia e vinha, ia e vinha e era isso. Mas a criançada gostava, era emocionante ver a Física aplicada ao entretenimento infantil. E ia e vinha, ia e vinha...

5 - Forte Apache

Outro grande sucesso da minha infância era o Forte Apache. E a garotada se divertia simulando uma guerra entre índios e americanos. E não importava quantos índios se tinha, a pólvora esgotava qualquer possibilidade de vitória apache.

4 - Pega-peixe

Esse brinquedo representava a modernidade em prol do divertimento infantil. Era fantástico ver aquele abre e fecha de bocas acontecendo mediante o acionamento de um botão. Claro que depois de um tempo você se cansava da pescaria tradicional e começa a tirar os peixes de outras formas, até no tapa.

3 - Ioiô da Coca-Cola

Não era um mero Ioiô, era da Coca-Cola, era também o meu sonho de consumo. E era bem a época que alguns programas de TV levavam uns loucos fazendo malabarismos com o Ioiô. Me lembro de alguns truques, a Torre Einfeil o cachorrinho passeando por exemplo, mas nunca consegui repeti-los. Até hoje quando eu avisto um Ioiô bate aquela saudade.

2 - Mola Maluca

Eu tinha muita raiva do comercial da Mola Maluca, simplesmente pelo fato de eu nunca conseguir repetir o truque da mola descendo as escadas. Era óbvio que com o passar do tempo a Mola se transformava em uma arma, e atirá-la nos irmãos menores era quase obrigação.

1 - Pirocóptero

E o brinquedo que melhor representa a minha infância é o Pirocóptero. A ideia por trás do brinquedo é genial, imaginem a perspicácia que tiveram ao conciliar a doçura do pirulito com a diversão do helicóptero, fantástico. Claro que tinha o fator humano envolvido, afinal de contas nossas mãos eram as propulsoras do brinquedo, e isso só o tornava mais genial. Ás vezes eu comprava o pirulito pegava o palito e jogava fora o resto. O cara que inventou o Pirocóptero merecia um Nobel de Física, no mínimo.

Aguardo outras reminiscência da infância nos comentários.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Radioleiga (Semana 3)

Esta semana a Radioleiga apresenta uma playlist para lá de especial, afinal de contas ela está homenageando o post que tem a maior quantidade acessos da história do Blog: Top 10 Músicas de Duplo Sentido. É um deleite para os ouvidos. eheheh
Ainda esta semana começa a mais nova minissérie do Blog: Reminiscências da Infância, vocês não perdem por esperar.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Radioleiga (Semana 2)

E não é que a Radioleiga sobreviveu a sua primeira semana de existência, e o pior, a playlist da "semana 2" já está no ar.
Mais uma vez temos uma reunião de grandes sucessos brasileiros, o tema dessa semana é o post "Top 10 piores versões em português", publicado em 31/08/2010.
Boa sorte aos que tentarem ouvir toda a playlist. 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Radioleiga (Semana 1)

Está aí a Radioleiga entrando de fato no ar. Nesta primeira semana temos uma ótima seleção feita a partir do post "Sertanejo Amargurado: Top 10" publicado em 12 de agosto do ano passado.
Garanto que só tem música amargurada nessa playlist, é para quem tem coragem.
Deixe seu comentário a respeito das canções.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

RADIOLEIGA

É com imensa alegria que apresento a todos os leitores do Blog a primeira (e provavelmente a única) rádio oficial do De Leigo Para Leigo: a Radioleiga.
Além de muita música boa, a Radioleiga também trará várias canções já comentadas no blog. Vale a pena ficar ligado e conferir a playlist da semana.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MEMÓRIAS DE UM ESTUDANTE DE MENTIRA (6)

A noite de Poa na visão do Man

É possível definir o Man como um ser noturno, assim como a coruja, por exemplo, ele usa a noite para caçar, se alimentando de pequenos ou grandes mamíferos do sexo feminino, que aceitavam essa condição alimentar em troca de doguinhos (mini cachorro-quente) e vale transporte. Confesso a vocês que não me recordo de vê-lo dormindo antes das 4h da madrugada. Para o Man o dia servia apenas para fazer o seu sono reparador e fingir que procurava emprego. Sobre essa parte dos empregos falarei em outra oportunidade, pois, sem dúvida, merece um tratamento mais substancial.
Muitas pessoas acham que conhecem a noite de Porto Alegre, mas poucos podem falar com tanta propriedade quanto o Man. Em seus áureos tempos ele freqüentou as baladas mais elegantes de Poa, claro que isso não teve a duração desejada e as dificuldades monetárias fizeram-no procurar entretenimento nos inferninhos do centro, que além de mais baratos eram bem mais divertidos.
Antes de contar as histórias é fundamental definir esses locais tão difamados, os inferninhos. A maioria das definições que eu vi enquadram os inferninhos como prostíbulos, eu tendo a discordar. Para mim os inferninhos são: pequenas boates classe D freqüentadas por um grupo específico de pessoas (em sua maioria desprovidas de beleza), que cobram taxas ínfimas de entrada (geralmente dão cerveja como brinde), em sua maioria não possuem saída de emergência visível, tem um estilo musical peculiar (tchê music e funk) e onde as freqüentadoras não estão buscando nenhum tipo de relação financeira em troca de sexo (fazem só por doguinhos e VTs). Resumindo: neste texto o termo inferninho não é sinônimo de “casa da luz vermelha” e sim de “latrina do inferno”, como o Man mesmo costuma dizer.
Então, o Man tem inúmeras histórias dos inferninhos, só que muitas ninguém presenciou, até porque ele só conseguiu me convencer de acompanhá-lo três vezes a esses inferninhos. Pode ter sido mais vezes, ou menos, quem sabe?
Todas as vezes foram muito engraçadas, porém uma delas ficou marcada para sempre em minha memória, a ida ao Bianchini (não encontrei informações sobre o local em nenhum guia da Internet). Para melhor compreensão sobre o local, contarei três histórias que só poderiam acontecer neste antro:
  • O segurança: o Man conta que certa vez ao chegar no Bianchini viu o seu amigo segurança com o braço engessado, tomado de certa compaixão o Man perguntou “O que aconteceu com o braço guerreiro” e para sua surpresa o segurança respondeu mostrando uma barra de ferro escondida sob o gesso “nada não”;
  • A moça sentada: em outra ocasião o Man visualizou a mulher mais feia do recinto (um páreo duro) e resolveu tirá-la para dançar, ao se aproximar da moça ele fez o gesto que indicava suas intenções esperando que ela se levantasse para iniciarem o bailado, e nesse momento então, para sua total incredulidade, ele percebe que a moça já se encontrava em pé;
  • O maior dos anões (essa eu presenciei): estava observando as pessoas do local, e suas relações, quando percebo que no mezanino se encontrava um ser humano de estatura inferior, um anão por assim dizer, que parecia ser o dono do lugar. Ele chamava as mulheres e oferecia, sem cerimônia, petiscos e bebidas, quase sempre o anão era cumprimentado com selinhos e estava abraçodo com mais de uma mulher (de estatura padrão, diga-se de passagem). O anão era o “cara mais grandão” do recinto, mandava prender e soltar. Mas como todos sabem a vida é uma roda gigante, e não é que no outro dia o nosso querido amigo “Mister Miner” encontra o mesmo anão em uma parada de ônibus pedindo aos transeuntes auxílio para adquirir um vale transporte. Essa situação me fez lembrar do velho ditado, “Em terra de anão, quem tem VT volta pra casa”.

Um outro caso engraçado (trágico também) ocorrido com o Man se passou no inferninho “Encontros”. Este é provavelmente o pior lugar que eu pisei em minha vida, a sorte é que quando eu fui lá estava acompanhado do Man (sorte, entenderam?). Mas a história trágica do Man ocorreu em uma noite sem a minha presença. Vamos aos fatos. Pelo que consta o Man estava em mais uma de suas incursões a latrina do inferno quando um dos vários espíritos sem luz do local cedeu aos seus encantos, o Man achou estranho o fato de não precisar embebedar a moça ou levá-la para comer um dog, mas aceitou o convite para saírem dali e irem para um lugar mais reservado. Aos beijos eles saíram do “Encontros” para um outro tipo de encontro (desculpem o péssimo trocadilho). Enquanto caminhavam pelas seguras ruas da capital gaúcha, o Man percebeu que o trajeto proposto pela moça levava a praça da Alfândega (que é provavelmente o pior lugar para estar em qualquer situação). Como o Man é vacinado e não tem medo de nada, imaginou que as escuras moitas da praça poderiam servir de alcova para seus fetiches mais sórdidos. Mas como já é de senso comum, “quando a esmola é demais o Santo desconfia”, e nesse caso além de desconfiar o Santo aprontou uma para o Man. Chegando à praça o Man não percebe a presença de um terceiro elemento e em uma fração de segundo ele é surpreendido por um assaltante, ser assaltado em Porto Alegre não é incomum, mas o que deixa o Man abismado é o fato de sua companheira ter o deixado e se posicionado ao lado do assaltante. É isso mesmo que você está pensando, o nosso herói foi vítima de uma vil arapuca planejada por uma quadrilha (casal) de assalto a bêbados excitados. Mas existiam duas coisas que essa meticulosa quadrilha não previa, primeira: o Man além de bêbado excitado também é um dos caras mais pobres da noite porto alegrense e segundo: existiam policiais próximos ao ato do crime. E esses policiais chegaram descendo o cassete e como na noite ninguém é santo o Man acabou levando algumas bordoadas mesmo sendo inocente (em ambos os sentidos).
As histórias do Man não param por aqui, fiquem ligados que a qualquer momento tem mais.

Enquete sobre o Man: Resultados.

E chega ao final mais uma fundamental enquete do Blog De Leigo Para Leigo. Com o recorde de votos até agora (o fato de eu ter permitido votar em mais de uma alternativa dessa vez colaborou para isso) e com a expressiva votação na opção "direto para mais um capítulo da série Memórias ..."  é possível dizer que o Man é o personagem mais querido da série.
E para satisfação da esmagadora maioria, eu mandei o Man para mais um capítulo das Memórias de um Estudante de Mentira (ver próximo post).
Aguardem novas enquetes.