segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Nova enquete!

Já está no ar a nova enquete do blog (canto superior esquerdo). Aguardo a opinião dos leitores sobre qual é a categoria do blog que mais agrada, ou seja, qual é a melhor categoria do blog. O resultado será de grande relevância para os próximos posts, ou não.
Em relação a enquete anterior, agradeço todos os 20 votos recebidos, na verdade eu agradeço pelos 18 votos, tendo em vista que eu votei duas vezes. Imagino que mais pessoas votaram 2 vezes, agradeço esse esforço também. Abaixo temos os resultados da enquete:

Galvão Bueno e Casagrande: 1 voto
Silvio Luis e Neto: 12 votos
Paulo Brito e Saraiva: 3 votos
Haroldo de Souza e Edegar Schmidt: 4 votos.

Se alguem quiser comentar os resultados fique a vontade, para mim foi dentro do esperado.
Votem na nova enquete!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CINEMA: Top 10 filmes de Ação!

“Não vem não que hoje eu estou com a macaca” (Frase do Filme Morte Súbita)

É com essa belíssima frase proferida por Jean-Claude Van Damme na versão dublada do filme Morte Súbita que dou início ao primeiro top 10 de 2011, Filmes de Ação.
Apesar de não ser a categoria cinematográfica que mais me apetece resolvi elencar os 10 melhores filmes de ação da minha vida. Um fator complicador da seleção foi definir o que é um filme de ação, até porque a maioria dos filmes se encaixa em mais de uma categoria, sendo assim fui obrigado a criar um mecanismo para definir melhor a categoria desse top 10. O filme será considerado de ação se apresentar em seu decorrer um (ou mais) dos acontecimentos relatados abaixo:

  • perseguição alucinante de carro;
  • tiroteio;
  • policiais corruptos,
  • perseguição alucinante de moto;
  • emboscadas;
  • roubos de automóveis;
  • perseguição alucinante de bicicleta;
  • assassinatos brutais;
  • tráfico de drogas;
  • tráfico de armas;
  • perseguição alucinante a pé;
  • assassinatos não tão brutais;
  • policiais bonzinhos que tomam um tiro (não fatal), mas se recuperam a tempo de matar os bandidos, fazer uma piada e beijar a mocinha;
  • furtos espetaculares a relíquias valiosas;
  • qualquer tipo de perseguição.

Seguindo esse valioso mecanismo consegui selecionar o meu top 10 e as menções honrosas, que são: 60 Segundos (2000); Cartada Final, A (2001); Colecionador de Ossos, O (1999); Fogo Contra Fogo (1995); Fugitivo, O (1993); Justiça Vermelha (1997); Outra História Americana, A (1998); Ronin (1998); Sin City – A Cidade do Pecado (2005) e V de Vingança (2005). Agora o top 10:

10 - Con Air – A Rota da Fuga (1997)
Dessa vez o top 10 não começa morno, Com Air é um baita filme. Nicolas Cage para variar está muito bem e não está só, John Malkovich é outro grande ator. Não vou antecipar nada a respeito do filme, só peço que todos assistam.

9 - Infiltrados, Os (2006)
O nosso 9º lugar é somente o primeiro filme dessa lista que ostenta o Oscar de melhor Filme, o que cá entre nós não quer dizer, necessariamente, alguma coisa. O que mais me chamou atenção no filme é a tensão que ele transmite, em determinado momento tudo pode acontecer, não é nada previsível. Grande filme.

8 - Máquina Mortífera (1987)
A 8ª posição na verdade é uma homenagem a todos as 2563 continuações de máquina mortífera. Nesse caso especifico as continuações não são tão ruins, na verdade são tão boas quanto o primeiro. Os saudosistas podem discordar, mas eu acho que todos são muito legais e mantêm o mesmo nível. Com certeza o maior clássico dessa lista.

7 - Dia de Treinamento (2001)
Essa é só a primeira aparição nessa lista do grande ator de filmes de ação (dos bons filmes) atualmente: Denzel Washington. Aparição essa que rendeu até um Oscar de melhor ator para o cara, muito merecido por sinal. O Filme é muito bom, fala sobre a corrupção na policia de uma maneira bem peculiar, tem que ver.

6 - Colateral (2004)
Outro grande filme de ação, tem sido e será uma regra dessa top 10. O que vemos em Colateral é muita adrenalina e grande dose de tensão. Resumindo: é a história de um taxista que tem o prazer de receber em seu táxi um assassino de aluguel que tem alguns serviços para aquela noite. Assim começa uma noite alucinante para o pacato taxista.

5 Chamas da Vingança (2004)
Olha o Denzel aqui outra vez, avisei que ele apareceria de novo desse top. Só que dessa vez ele é um ex-policial, meio depressivo digamos assim, que começa a trabalhar como segurança particular. Não vou me estender, só aviso que esse é um filme muito bacana, que vai te deixar ligado o tempo todo.

4 - Onde os Fracos Não Têm Vez (2007)
Esse filme é muito foda. Também, como Os Infiltrados, ostenta a estatueta de melhor filme. Javier Bardem encarna o melhor vilão da história do cinema, atuação impecável. Falando em vilões, outro fator interessante no filme é tentar encontrar o mocinho, ninguém é realmente bom ou mal, que filmaço.

3 - Última Noite, A (2002)
A medalha de bronze dessa lista não poderia estar em melhores mãos, A Última Noite é um baita filme. Só a presença de Edward Norton já garante qualidade ao filme, ta aí uma constatação interessante, não me lembro de ter visto filme ruim com a participação dele, ou eu deveria assistir a mais filmes ou esse cara só faz filmes de qualidade. Que filme.

2 - Profissional, O (1994)
Que história, que momento, que legal. O segundo melhor filme de ação da minha vida é fenomenal. Existem muitos filmes sobre assassinos de aluguel, mas esse aqui é disparado o mais sui generis deles. Não posso antecipar nada em relação ao filme, só que nunca ouvi alguém dizer que não gostou de “O Profissional”. 

1 - Pulp Fiction: Tempo de Violência (1994)
Nada melhor que coroar um clássico como melhor filme de ação da minha vida, e que clássico. Acontece de tudo nesse filme, Quentin Tarantino acertou em tudo, é de longe a sua obra prima. Se você ainda não assistiu a Pulp Fiction, nunca diga que viu um bom filme de ação. Espetacular.

Essa é o meu singelo top 10 filmes de ação, se alguém tiver algo contra que escreva nos comentários agora ou fique off para sempre.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Memórias de Mais um Estudante de Mentira!

Seguimos a saga dos estudantes de mentira com a manifestação de mais um deles, Alex, vulgo Mascote. Apesar de não ser morador da CEU, o Mascote viveu grandes momentos lá, principalmente nas festas de arromba que promoviamos (arrombavam o caixa da Associação). Enfim, vejam o que esse nobre colaborador tem a dizer.


Afinal, o que há para comemorar?

Festa pra que? Venha para a Antifesta.
2004.
Julho, outubro? Na verdade, acho que era novembro. Acho que era perto do feriado do dia 15. Não lembro a cor do meu cabelo, se era laranja, vermelho, loiro ou as três cores juntas. Na verdade, acho que era preto. Acho que estava curto. Era uma época cheia de negações sobre clichês. Uma pré-crise de 3o semestre, me adaptando as duas dezenas de anos, um amor platônico pela minha melhor amiga e a falta de coragem para me declarar (só tinha coragem para passeatas de calças rasgadas e encontros com o pessoal da FAG - Federação Anarquista [AnarKista] Gaúcha e movimentos de estudantes de Maceió... Mas isso tudo hoje é apenas uma fotografia nas paredes da lembrança. Mas como dói! ). Estava em uma fase punk, grunge? Na verdade, acho que era pós-punk. Acho que era uma fase intimista. Acima de tudo intimista. Não tinha vontade de sair, preferia ficar ouvindo how soon is now e ler poetas franceses do século XIX.
Andando pelo Campus Vale eu vejo um cartaz noir instigante. Vinha com perguntas provocativas como "cansado das festinhas ao som de Creedance?". Aquilo chamou muito minha atenção. Anotei o endereço, horário (Casa do Estudante? Sala X? É a mansão dos X-men?). Convenci dois amigos a irem comigo (não foi tão difícil, pois eu, depois de tanto tempo, finalmente estava indo a uma festa – NÃO É UMA FESTA, É UMA ANTIFESTA – dizia isso como resposta a eles). Após a festa, peguei um cartaz que estava no Vale e o guardei. Tenho até hoje, mas por preguiça, não o procurei para tirar as palavras certas e a data certa da festa para colocar no texto.
Vesti minhas roupas pretas (que era o único tipo de roupa que tinha na época), e fui com meus amigos para a tal de CEU. Cheguei cedo, muito cedo... Mas já era noite, ruas escuras, assim como a sala era escura, com as janelas escurecidas, balões negros, velas e uma TV passando Nosferatu. Love, love will tear us apart, again... Era o que sofregamente cantava Ian Curtis quando chegamos. Lá encontrei o Márcio, sim o Bahiano arretado do Márcio, dono de um dos melhores, senão do melhor poema não publicado, o cara que usa vários apelidos em seus textos, um sociólogo em formação. Não o conhecia. Quero dizer, apenas o vi algumas vezes em Drama e Narrativa ou alguma dessas cadeiras da Letras. Me recebeu bem, veio conversar comigo, me ofereceu uma caipirinha 'no amor' (meus amigos e eu achamos o máximo e usamos por um longo tempo, para ser sincero, até hoje essa expressão). Estava lá também (ou não?) o Eduardo, sim, Soledade. O Ex-Eterno Presidente da AMCEU, no tempo em que o mesmo não tinha namorada, falava com simples mortais portoalegrenses (ah, esses garotos da capital não sabem de nada) pessoalmente e até por msn, mandava e-mails, pedia ajuda com o Torre de Babel e era um humilde sociólogo em formação que também era meu colega junto com o Márcio. Me pergunto até hoje como ele ficou assim e o Márcio não.
A antifesta foi perfeita, exceto pelo fato de uns Dark/Góticos extremos (um inclusive meu colega na Letras) chegarem lá, estourarem os balões e irem embora revoltados por que não era uma festa extremamente dark. Márcio gravou um CD da festa e vendeu para o meu amigo, eu conversei um monte com uma garota das Sociais que nunca mais vi, não lembro o nome, mas, que se fosse hoje em dia eu trovaria e chegaria nela. Na verdade, acho que não. Acho que nem ao menos conversaria tanto. Não me lembro se fomos os últimos a sair. Rezo todo o dia para esquecer tudo que vivi entre o início de 2003 ao final de 2005. Na verdade, acho que até adiante disso. Acho que quero esquecer minha vida. Depois disso, comecei a frequentar muito a CEU e a sala X. Virei fã do Torre de Babel, uns meses antes e depois vim a descobrir que eram esses caras que escreviam e que tinhamos sonhos, idéias e ideais em comuns... Até mesmo o Eduardo.
Uma das festas que fui foi a festa junina de 2005. Tenho a impressão que fui sozinho a essa festa, não sei, mas a umas anteriores e posteriores havia ido sozinho. Fui o primeiro a chegar e fui recepcionado pelo Márcio com um gravador (estava fazendo uma transmissão ao vivo para uma rádio e começou a me entrevistar). Não lembro muito o que falei, mas lembro que fui também o último a sair dessa festa e quis ajudar na limpeza (bêbado, mas quis ajudar, porém, não deixaram). Acho que foi nessa festa que conheci o Mestre Putinga, autoridade/divindade máxima e meu iniciador no bocabertismo a Jana-de-estrela-com-a-voz-mais-bonita-do-mundo, o Emerson, sim, o Poeta, criador deste blog ao qual tenho a HONRA de escrever essas singelas, puras e sinceras memórias mentirosas. A certa altura da madrugada ganhei um chapéu de palha que começou a ser assinado por todos esses já citados – inclusive o Eduardo que na época desprendia alguns segundos de sua vital existência para comigo – e onde me deram a alcunha que até hoje sustento: Mascote. Primeiramente fui mascote da sala X, como consta no chapéu que até hoje guardo, mas que depois, tal qual um pokémon, evoluí, também não me lembro por causa de quem ou como, para Mascote da CEU. Lembro que alguém, acho que o próprio Emerson, me viu com o chapéu e não queria que eu o levasse, até que alguém explicou que tinham me dado aquele chapéu. Gastei todo meu dinheiro na festa, voltei a pé em plena madrugada pela João Pessoa, Osvaldo Aranha e Ipiranga cambaleando com um chapéu de palha na cabeça (depois dizem que bêbados não tem anjo da guarda... Pôxa, para me cuidar assim, só mesmo um arcanjo). Outras festas fui, mas ai já dormi 'clandestinamente' em um quarto e outro (sempre havia um colchão), teve um aniversário que de noite fui para lá e só voltei no outro dia.
Depois de um tempo, as pessoas começaram a sair da casa, sair da UFRGS, sair... O acaso, o destino e os D43s fazem com que nos encontremos às vezes e é assim mesmo. Sei que muitos dos leitores do blog não me conhecem. Sei que nunca fui um morador de lá, apesar de ter passado várias noites (não sequênciais) lá, frequentá-la por vários anos (não diariamente, nem semanalmente e muitas vezes, nem mensalmente), sei que minha história não envolve momentos midiáticos, revoltas contra o status quo, loucuras pela capital, mas a CEU participou de revoluções internas, reflexões, um simbólico big bang de emoções, sentimentos muitas vezes invisíveis ao mundo. Porém ela, assim como muitos de seus moradores, fazem parte da minha história, do meu verbo ser em todos os tempos e modos e, por mais que queira esquecer muitas coisas, sempre gosto de relembrar e até tentar lembrar mais dessas Memórias de Um Estudante de Mentira.